terça-feira, 20 de janeiro de 2009

AS JOVENS FEMINISTAS

Nosso Feminismo é para todas as mulheres que sofrem nessa sociedade e estamos espalhadas nos quatros cantos desse país.
Somos Indígenas, Negras, Brancas, Pardas, Lésbicas, Bissexuais e somos Jovens Feministas.
Acreditamos em cada uma de nós que sempre estar fazendo algo para melhorar nossa sociedade. Lutamos contra o Machismo, Preconceito e o Patriarcado.
Quando se ouve falar em Jovem Feminista algumas pessoas acham que somos inexperientes mais não é essa imagem que passamos, pois sempre estamos em todos os espaços para construir.
Queremos levar nossa luta para todos os lugares e garantir para que as mulheres em especial as jovens possam gozar de seus direitos de políticas publicas.
Aqui também temos nossa pequena carta de Princípios para vocês conhecerem um pouco do nosso trabalho.


Carta de Princípios

Articulação Brasileira de Jovens Feministas
A Articulação Brasileira de Jovens Feministas é uma rede constituída por
mulheres jovens independentes, de organizações e movimentos: negras,
lésbicas, indígenas, quilombolas, rurais, da periferia, sindicalistas e de
populações tradicionais e provenientes de diferentes regiões do Brasil.
Tem um caráter democrático, suprapartidário, anti-capitalista, anti-racista, antipatriarcal,
anti-lesbofóbico, não sexista, não adultocêntrico, não confessional,
não hierárquico e não governamental.
Surge a partir da percepção de que as mulheres jovens possuem
especificidades que devem ser visibilizadas nos movimentos feministas e de
juventudes.
Constitui-se como espaço importante de diálogo e empoderamento das
mulheres jovens, sobretudo o fortalecimento à participação política e cidadã,
defesa dos direitos humanos e dos direitos sexuais e reprodutivos como
direitos humanos, reafirmando acordos e tratados ratificados pelo Brasil.
As mulheres jovens, integrantes da Articulação Brasileira de Jovens
Feministas, reunidas no I Encontro Nacional de Jovens Feministas, realizado
na cidade de Maracanaú - Ceará, de 13 a 15 de março de 2008, consideram
necessário e legítimo estabelecer uma Carta de Princípios que oriente o
funcionamento da Articulação Brasileira de Jovens Feministas.
Os Princípios contidos na Carta, a ser respeitada por todas que queiram
participar desta Articulação, serão condutores para os processos a serem
realizados, sobretudo sobre o perfil político, a participação e o compromisso
das integrantes para com a Articulação Brasileira de Jovens Feministas, que se
orientará pelas seguintes diretrizes:
1. Garantia dos Direitos Humanos das mulheres jovens, buscando a
eliminação das desigualdades geracionais, de gênero, classe,
raça/etnia, de orientação afetivo-sexual, de diversidade religiosa e de
pessoas com deficiência e regionalidades;
2. Direito de vivenciar a cidadania de forma plena e ativa, garantido a
qualidade de vida, direitos sociais e constitucionais;
3. Em defesa da vida das mulheres jovens, visando à garantia dos direitos
humanos, direitos sexuais e reprodutivos, bem como o acesso pleno e
humanizado aos serviços de saúde, respeitando as diversidades;
4. Reconhecimento do direito à liberdade de orientação afetivo-sexual e
expressão sexual como um direito humano;
5. Compromisso com as lutas feministas, incorporando e defendendo as
bandeiras de luta dos feminismos que compõem o movimento feminista,
combatendo as opressões geracionais, de gênero, raça/etnia, orientação
afetivo-sexual, diversidade religiosa, pessoas com deficiência,
regionalidades/territorialidades e suas conseqüências na vida das
mulheres jovens;
6. Compromisso com a luta pela legalização e descriminalização do aborto;
7. Compromisso de atuar em defesa dos direitos e de políticas públicas
que eliminem a discriminação e a violência contra as mulheres, em
especial às jovens;
8. Enfrentar as opressões econômicas e sociais que colocam as jovens
mulheres, em condição de desigualdade;
9. Repudiar todas as formas de racismo, etnocentrismo, discriminação e
intolerâncias correlatas;
10. Defender ações afirmativas e políticas públicas de promoção da
igualdade que fomentem os direitos das mulheres jovens;
11.Combater a lesbofobia e intolerâncias correlatas;
12.Garantir debates de conscientização e prevenção das DST/AIDS, bem
como o tema da feminização da AIDS entre mulheres jovens,
respeitando as diversidades afetivo-sexuais, de identidade de gênero e raça/etnia;
13.Dar visibilidade a pauta das mulheres jovens nos movimentos feministas
e nos movimentos de juventudes;
14. Combater o capitalismo e suas formas de expressão, bem como os
impactos na vida das mulheres, em especial às jovens;
15. Combater a mercantilização dos corpos das mulheres, bem como a
Exploração Sexual e o Tráfico para fins sexuais, em especial às jovens;
16. Garantir debates democráticos, aprofundamento de reflexões,
formulação de propostas, troca livre de experiências e a articulação para
ações eficazes sobre os direitos das jovens mulheres;
17.Garantir um perfil plural, diversificado, não governamental, não partidário
e sem vínculos religiosos;
18.Articular de forma descentralizada: indivíduos, entidades, fóruns, redes,
ong's e movimentos engajados em ações concretas, do nível local ao
internacional, pela construção de políticas públicas para juventude.
A Articulação Brasileira de Jovens Feministas reconhece a luta dos
movimentos feministas que contribuíram, contribuem e contribuirão para o
avanço da equidade entre os gêneros, a livre orientação e expressão afetivosexual,
raça/etnia, classe social, no debate sobre políticas públicas para as
mulheres.
Para nós, esta Articulação atuará em conjunto a estes objetivos e outros mais,
garantindo um amplo espaço de participação para as jovens mulheres, as
especificidades e o respeito às diversidades; sem discriminações, intolerâncias
e quaisquer outras formas de preconceitos.
Por entendermos que os diretos das mulheres jovens são direitos humanos,
acreditamos que os objetivos da Articulação Brasileira de Jovens Feministas
serão alcançados em conjunto com os setores organizados da sociedade civil
brasileira, respeitando a identidade e a intervenção autônoma de cada
organização, na luta para a construção e o efetivo exercício da democracia e
da cidadania.



Aprovada e adotada em Maracanaú - CE, em 15 de março de 2008, pelas jovensmulheres que constituem a Articulação Brasileira de Jovens Feministas

sábado, 10 de janeiro de 2009

Poesia GLS

Eu sou GLS
E isso não faz mal
Eu decido por meu corpo
De uma forma natural
Nós temos a liberdade
De viver e se divertir
Poder amar a quem quiser
E escolher para onde ir
A crítica é construtiva
O preconceito é que faz mal
Cuide mais de sua vida
Que a minha é normal
Nós temos o direito
De amar o mesmo ser
Esquecer o preconceito
De lutar e tentar viver.


(Gabriella Cosme)